O trabalho de Edgard de Souza parece apenas flutuar sobre os dramas da subjetividade contemporânea, por mais pele e pêlos expostos. Quando começou a produzir, era preciso recolher da cena as várias desmedidas colocadas com estardalhaço pela chamada geração 80. Não somente à autoconfiança em relação ao consumo como forma de reconhecimento, mas sobretudo ao imediatismo das soluções encontradas. Edgard de Souza reabilita o apuro da forma lenta própria ao artesão no período mais agudo da discussão do que é “moderno” ou “contemporâneo”.
Sem pretender “moralizar” o mercado, este artista nunca deixou de produzir no seu ritmo silencioso, como quem busca regozijo na lapidação de uma pedra rara. Não por acaso, em 1989, uma “Pérola”, de dimensões irreais pelo seu agigantamento, já fazia parte de suas peças decisivas. “Laranja” e “Árvore” seguem logo depois, incluindo folhas de ouro em sua constituição. É nesse jardim precioso que ele resolveu fincar-se; na condição de homem nu, encontrou sua biossíntese e sabe que possuir o outro não passa de uma grosseira fantasmagoria.( http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2464,1.shl )
Algumas de suas obras...
Sem Título (dançarinos), 2005
bronze
Grande Escorrido (gota 29), 2005
madeira laqueada
Sem Título, 2002
fotografia
Sem título, 2007
couro e madeira
Sem Titulo, 2008
Folha de aluminio sobre madeira -
Sem título, 2000
Madeira laqueada
Sem Título, 2005 bronze |
Sem título, 2006
madeira, metal e massa de pvcPato com piercing, 2001
Madeira laqueada
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